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23 de outubro de 2007

A pessoa certa!


pessoa certa



"O amor certo é o que está ao seu lado, chova ou faça sol, nos momentos incertos."



O empresário certo é o que investe em seus funcionários nos momentos incertos. O funcionário certo é o que aposta na empresa nos momentos incertos. Os colegas certos são os que permanecem lutando, junto com você, nos momentos incertos.
Pablo Neruda já disse: a pessoa certa é a que está ao seu lado nos momentos incertos.
E isso faz toda a diferença do mundo, já que a vida é repleta de momentos incertos.
Nos momentos de sua vida, nos quais tudo está indo bem e dando certo, as pessoas erradas se aproximam.
Você não as notará, porque está tudo certo.
Verá o melhor delas, porque está tudo certo.
Gostará mais delas, porque está tudo certo.
Será mais fácil de iludir você, sua empresa, departamento ou até toda a sua família, amigos e colegas, porque está tudo certo.
Como um cruzeiro em um iate, todos nós sofremos uma certa dose de "ilusão das férias de verão" quando conhecemos alguém, seja na vida profissional ou pessoal, com a qual só experimentamos momentos de calmaria, de festas, baladas e alegria.
Momentos muito bons, mas nos quais é impossível separar o "joio do trigo".
Momentos nos quais só vemos o melhor ângulo da personalidade de uma namorada (ou namorado), um funcionário, um sócio, um parceiro.
Temos, portanto, uma visão perigosamente mono dimensional.
Muitos casamentos acabam quando marido e mulher descobrem que a personalidade da outra pessoa é muito mais complexa do que podia ser visto durante a fase de namoro e noivado -- especialmente quando aquela fase não ofereceu "crises" para testar o casal.
Os dois só viram o "trigo", antes do casamento, descobrindo o "joio" depois. Sim, há casos em que o joio é visto bem antes, mas alguns de nós fazemos questão de fingir que não estamos vendo nada, ou acreditamos na fantasia de que depois essa pessoa mudará...
Quantas pessoas que você considerava "grandes amigos", não se afastaram imediatamente, assim que você perdeu aquele emprego?
Sim, é impossível avaliar amigos, colegas, funcionários e amores sem o teste das crises.
Para conhecer realmente essa pessoa, você tem que observá-la quando o iate entrar em uma tempestade gigantesca no meio do oceano, quando o navio estiver sob risco de afundar, e um grupo de piratas começarem a destruir tudo e invadir a nau.
Neste momento, você verá, de modo cristalino, quem é que corre para os botes salva-vidas esquecendo-se completamente de você, da empresa ou do projeto, e quem está com você até o fim -- seja este fim qual for.
Por isso, antes de julgar alguém pelo belo sorriso em um dia de sol, veja se o sorriso ainda está lá, mesmo que haja lágrimas em um dia de chuva.
Como explicou Pablo Neruda: A pessoa certa é a que está ao seu lado nos momentos incertos.

(Aldo Novak)

22 de outubro de 2007

Projeto ou processo. Questão de escolha?

A abordagem de processo, como a sistematização do conhecimento que permite fazer mais por menos, cria um círculo virtuoso de aprendizado para melhoria. Mas mesmo nas organizações onde predominam processos, é fundamental o projeto.

Uma questão freqüente entre gestores de empresas preocupados com melhoria do desempenho é: "devemos organizar por projetos ou por processos?” Ou ainda: “como resolver o conflito entre projeto e processo?” Há os que dizem “o que funciona agora é abordagem por processos", com uma afirmação pretensamente revolucionária. E outros já dogmatizam: “processo já era, pois tende a engessar a estrutura e tolher a criatividade”.

Para chegar a uma posição consistente, devemos partir da definição. Projeto é um empreendimento com começo e fim pré-estabelecidos, que visa desenvolver solução para um problema ou atender à demanda específica de uma pessoa ou organização cliente. Além disto, são características essenciais a sua singularidade e alguma incerteza quanto aos resultados e condições para sua realização, até porque normalmente envolve criação ou mudança. A gestão do projeto é focada na busca de resultados esperados com máxima aderência de prazo e recursos. Pressupõe inovação.

Processo é uma ordenação lógica de atividades interligadas, para realizar sistematicamente produtos ou serviços que representam valor para uma pessoa ou organização cliente. Dessa forma, são características essenciais a sua regularidade, a previsibilidade do resultado e o conhecimento das condições para sua realização. A gestão do processo foca em assegurar o resultado planejado, com a menor variação possível, o que deve ocorrer indefinidamente. Pressupõe ciclos de aprendizado.

Com base nessas definições, podemos entender que há organizações em que predominam projetos, notoriamente as voltadas ao desenvolvimento: empresas de arquitetura e construção, laboratórios de pesquisa, engenharia de produtos, propaganda e marketing. Por outro lado, em todas as empresas existem processos, formalizados ou não, como, por exemplo, as rotinas de contabilidade. Em termos de negócio, falamos de processos como a estruturação das práticas que permitem produzir com eficiência sua proposição de valor para o seu mercado alvo. Fabricantes de bens e consumíveis, redes de alimentação, prestadores de serviço em geral são exemplos onde processos asseguram condição para atender aos compromissos de entrega e satisfação pré-estabelecidos.

Fazer mais e melhor por menos – Com clientes cada vez mais sofisticados e exigentes e aumento da oferta, a equação tende a favorecer quem faz mais, melhor e por menos. Isso implica negócios cada vez mais complexos, capazes de agregar mais valor, seja criando novos produtos ou integrando mais serviços, ao mesmo tempo em que reduzem custos otimizando a cadeia de suprimentos. Mais do que ativos físicos, a vantagem competitiva hoje está apoiada na capacidade de interpretar rapidamente os anseios do mercado e coordenar competências essenciais para traduzi-los em produtos e serviços com valor superior. Como conseguir?

A abordagem de processo, como a sistematização do conhecimento que permite fazer mais por menos, cria um círculo virtuoso de aprendizado para melhoria. Mas mesmo nas organizações onde predominam processos, é fundamental o projeto, pois sem inovação poderá não haver resposta compatível com a velocidade das mudanças e com as demandas dos clientes. A estruturação em processos viabiliza e dá sustentação ao ambiente cada vez mais complexo das organizações modernas, integrando pessoas e sistemas num ambiente colaborativo. O enfoque de projetos, por sua vez, imprime a dinâmica da ruptura, da mudança, da superação em busca de novos patamares de valor e desempenho.

Conclusão: precisamos das duas abordagens para enfrentar o desafio da administração moderna. Na sua coexistência coordenada temos o melhor dos mundos.

Autor: Roberto Rinaldi Jr. é sócio-diretor da ProBusiness, consultoria para transformação organizacional e gestão, em São Paulo.

18 de outubro de 2007

A tecnologia 64-bits e sua evolução

Com o recente lançamento do Windows Vista, os usuários domésticos tiveram pela primeira vez acesso simultâneo às versões 32-bits e 64-bits de um sistema operacional da Microsoft, uma vez que a versão 64-bits do Windows XP foi lançada bem depois da versão 32-bits. Vários problemas de compatibilidade dos aplicativos ainda afastam os usuários da tecnologia 64-bits, e muitos 'especialistas' alegam que a única diferença entre as duas tecnologias é que 'um processador 64-bits suporta mais de 4GB de memória'.

Realmente há a mudança no suporte de memória entre as tecnologias 32-bits e 64-bits, mas há muito mais diferenças. Basicamente, processadores de 64-bits conseguem lidar em teoria com o dobro de dados em cada ciclo em comparação aos processadores de 32-bits, mas isso não significa que eles sejam duas vezes mais rápidos.

O conceito de 64-bits surgiu em 1961 com o IBM 7030 Stretch e sempre se focou no mercado de servidores de alto desempenho e supercomputadores. A popularização da tecnologia deu início em 1994, em uma parceria da Intel com a HP que resultou nos processadores Itanium em 2001. Mas apenas em 2003, com os chips Athlon 64 e Opteron da AMD, a tecnologia  conseguiu ser levada para o consumidor doméstico, com a vantagem de manter a compatibilidade com programas 32-bits (praticamente todo o mercado). Mas de nada adiantava a tecnologia 64-bits dos processadores se o sistema operacional não soubesse como usá-la, e isso explica a necessidade de uso das versões 64-bits para aproveitar ao máximo o que eles podem oferecer.

O grande problema dos processadores é descobrir qual é tamanho exato dos dados que devem ser processados num único ciclo. Decidiu-se, através do processador 8086 (pai de todos os processadores atuais) que todos os dados e instruções sempre teriam 16-bits, mas com o tempo e a evolução dos processadores, simplesmente não era mais viável 'cortar' grandes quantidades de dados em 'fatias' de 16-bits. Por isso, os processadores atuais conseguem processar mais de uma instrução de 16-bits ao mesmo tempo. Processadores de 32-bits lêem duas instruções de 16-bits por ciclo, e processadores 64-bits lêem quatro instruções.

A medida é ineficiente, pois seria melhor processar uma única instrução de 32-bits ou 64-bits, mas desta forma, mantém-se a compatibilidade com as tecnologias antigas. De forma semelhante, a memória é acessada através de instruções específicas de 16 bits que também são processadas. Como os processadores de 64-bits processam quatro instruções de 16-bits ao mesmo tempo, é possível acessar diferentes partes da memória e a capacidade total acessada consegue ser maior. Mas o que seria vantagem acaba virando necessidade, pois todas as instruções processadas pelos chips de 64 bits são maiores.

Os atuais sistemas operacionais com versões 64-bits são considerados híbridos por conseguirem executar programas 64-bits e 32-bits simultaneamente. Com isso, a computação 64-bits destes sistemas não é totalmente verdadeira, mas a compatibilidade com programas atuais se mantém. Um sistema operacional totalmente 64-bits que impede a execução de qualquer programa feito em 32-bits tem a vantagem da melhoria de velocidade e de segurança, mas em compensação não pode rodar aplicações 32-bits, as mais comuns no mercado.

Estamos no meio da transição dos 32-bits para os 64-bits, e isso deve demorar muito até estar concluída. Na transição dos 16-bits para os 32-bits, a Microsoft lançou cinco versões diferentes do Windows, começando com o Windows NT, que foi o primeiro sistema operacional 32-bits da empresa.

Mais informações: Bit-tech