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22 de julho de 2017

Será que meu grupo me influencia?

A imunização cognitiva é um escudo que permite que as pessoas se agarrem a valores e credos, mesmo que fatos objetivos demonstrem que eles não correspondem à verdade. As pessoas protegem seus credos a todo custo sem sequer avaliar o que é verdade e o que é mentira. Responda seis perguntas seguintes e saberá se você sofre desse mal.
  1. Com que frequência busca isolamento de quem tem opiniões contrárias a sua, protegendo suas ideias?
  2. Elimina de seu convívio ou mesmo de sua atenção, quem pensa diferente?
  3. Lê e ouve apenas as opiniões em linha com seus credos? Autores e textos são cuidadosamente escolhidos para seguir apenas sua visão de mundo?
  4. Se você não seguir aquelas ideias que acredita, algo de ruim vai acontecer contigo?
  5. Você faz parte de grupos que trabalham para combater as ideias dos grupos contrários. Foca nas fraquezas das teorias adversárias, ignorando os pontos fortes?
  6. Você repete com frequência um tema, um slogan que materializa um determinado credo ou visão, que passa a ser repetido como um mantra, numa técnica de aprendizado? Cuidado com a Repetição, repetição, repetição. 


Tá explicado então? Se faz a maioria dessas coisas e está se sentindo entorpecido das ideias, incapaz de descer do muro, provavelmente alguém está lhe ministrando umas doses de imunizante cognitivo.


18 de julho de 2017

Vida de Maomé e surgimento do Islamismo

Época da hegemonia tanto de Roma como da Pérsia,  Jerusalém (a terra santa) vivia sob pesado jugo de Bizâncio.

“Um pouco antes da profecia de Mohamad, a Arábia estava degradada, política, religiosa e moralmente. Todos os aspectos da vida estavam corrompidos e necessitavam de uma reforma geral”.Os séculos seis e sete tiveram homens como o Imperador Justiniano, autor do Códex Juris Civilis, Papas como São Gregório Magno, Rainhas como Santa Clotilde, Bispos como São Rémy, São Patrício, São Gregório de Tours, monges como São Columba e tantos outros que seria bem longo enumerar].

Naquele tempo, na Arábia, “a grande quantidade de judeus que viviam nos arredores já falavam e esperavam pela vinda do último Profeta”. O monoteísmo em terra de idólatras não era bem vindo. Quando Maomé era pequeno, com cerca de quatro anos, um dia, apareceram dois anjos que lhe abriram o peito e lhe arrancaram do coração o "centro da maldade".
O próprio Maomé teria contado o caso:
“Eram dois homens vestidos de branco, que me deitaram no chão e a seguir cortaram-me ate aqui (mostrando o peito), e depois tiraram-me uma coisa que não sei o que é ". Quando Halima [a ama de leite de Maomé] verificou o peito de Maomé e viu que não tinha sinal de nenhum corte, assustou-se (...).

Quando a notícia se espalhou, os vizinhos aconselharam Halima a consultar um advinho ou um astrólogo. Foram ter com um indivíduo judeu, o qual aumentou a preocupação da ama de Mohamad e seu esposo, porque quando ele viu Mohamad começou logo a gritar dizendo: 'esta é a criança que criará uma revolução na Arábia e acabará com as religiões existentes. Portanto, ó homens, se desejais salvaguardar a vossa religião, acabai com essa criança” (Aminuddin Mohamad, op. cit. , pp.51-52). (algo similar ao ato rei Herodes intituir morte das crianças no tempo de Jesus)

Com vinte anos de idade, ele [Maomé] aderiu às caravanas de comércio dos capitalistas de Meca. Maomé quando conheceu sua primeira esposa era um jovem de 25 anos (fato incomum ser solteiro com essa idade),  era coraishita, pobre e analfabeto de Meca, não falava nenhuma outra língua fora o árabe, casou com Khadijad (possivelmente de origem judia) mulher de 40 anos, já era mãe de vários filhos, já se tinha tornado viúva por duas vezes, era muito rica administrava a maior fortuna de Meca. Quando a caravana dos comércios de Macca saía em viagens, só a mercadoria de Khadija igualava-se a de todos os outros comerciantes". Kahdija (primeira esposa de Maomé), dona de caravanas, cujo comércio ela mesma dirigia, e dirigia tão bem, coisa incomum entre mulheres árabes.

Não foi Khadija que passou a morar na casa de Mohamad, mas ele foi para a casa dela. Mohamad teve sete filhos com Khadija, exceto Ibrahim. Conviveu com ela por 25 anos até sua morte. No mês em que faleceu Khadija, o Profeta casou-se com Sawdah Bin Zam'a, viúva de um dos muçulmanos que emigraram para Abissínia e regressaram.

Mais tarde, Maomé casou-se com muitas outras mulheres, inclusive com uma sua parente, Zaynab, esposa de um seu filho adotivo, Zayd ibn Harith Ibn Char'habil, um escravo que Khadija dera ao Profeta, e que ele adotou como filho. Casou também com a Aicha a filha Abu Bakr al-Baghdadi, atual líder do Estado Islâmico (EI), vivo até hoje e procurado por serviços de segunrança. Ao todo Maomé teve nove esposas, sem contar as concubinas. (Cfr Corão, Surata XXXIII, Os Partidos, Surat Alahzab, v.37).

Quando Mohamad atingiu os seus quarenta anos, num dos dias quando o Profeta estava na contemplação profunda na caverna, apareceu-lhe o Anjo (Gabriel). "Esse é o mesmo Espírito (Anjo) que Deus enviou a Moisés (com a Revelação) e tu és o Profeta desta nação". Foi em fevereiro ou julho do ano 610, depois do nascimento de Cristo, segundo ao astrólogo egípcio Mahmud Bacha, era 17 de Ramadan, 13 anos antes da Hijra” (Aminuddin Mohamad, op. cit., p. 67). Disse que o espírito que falara a Maomé era o mesmo que falara a Moisés, e não o que falara em Cristo. A inspiração de Maomé era de fonte judaica. Depois de quarenta dias, as revelações teriam retornado para Maomé, não mais se interrompendo, até o fim da vida, pelo menos é o que informa o livro maometano,

Em 622, se deu a Hégira, ou migração -- o Êxodo -- de Maomé e seus seguidores de Meca para Yaçrib atual Medina -- a Hégira -- dá início ao calendário islâmico.
Ascensão ao céu de Maomé (outra semelhança com a ressureição de Jesus Cristo), é chamada pelos árabes de "Al-Ishra Wal-Miraj" e teria se dado no ano 621, conforme se conta na Surata XVII,e foi nessa ascensão que se tornaram obrigatórias as cinco orações diárias.

Os judeus de Medina estavam esperando, para breve, a chegada do Messias. Era muito grande o poder e a influência dos judeus em Yatreb, cidade na qual Maomé buscou refúgio.

Por que motivo havia tantos judeus em Medina?  "Além dos motivos políticos, na vinda dos judeus a Medina, havia também os motivos religiosos; é que os teólogos judeus através do Torah, souberam que o último Profeta surgiria em Medina. Por isso os judeus radicaram-se lá, para terem a honra de o acompanhar, ou então, os seus descendentes".

Os Israelitas tinham progredido bastante e já tinham expandido a sua influência por zonas à volta de Yaçrib. Tinham o seu governo, a riqueza estava em seu poder, a sua população aumentou por todo o lado e os seus centros mais conhecidos eram 'Khebar", "Wadi Qura" e "Timar".

Então os judeus de Medina estavam esperando o Messias -- o último Profeta, a respeito do qual o Torah já tinha falado e até divulgaram as suas qualidades e sinais. Há séculos os judeus esperavam -- como ainda esperam -- o Messias. Mas esperavam que esse último Profeta seria dentre eles (isto é, judeu), porque até aquele momento todos os Profetas tinham sido judeus. -- e o identificaram com Maom, porém, rejeitaram-no por vários motivos; um por ser da descendência de Ismail e não de Isaac. Outro motivo -- segundo o livro sagrado dos judeus chamado "Talmud" -- porque Mohamad confirmou a profecia de Jesus, e como os judeus consideram Jesus um "impostor", um filho ilegítimo, dizem que quem confirma o impostor, também é impostor, eles utilizam as mais sujas e insultuosas palavras para designar Jesus e sua mãe, no seu livro sagrado chamado "Talmud", apesar de Jesus também ser judeu".

Várias vezes, na sua mais que milenar História, os judeus se equivocaram ao identificarem o Messias com um determinado personagem histórico. Foi assim com Bar Kochba, no século II, quando o equívoco levou à destruição definitiva da antiga Jerusalém pelo Imperador Adriano. E mais tarde no século VII reconheceram em Maomé os sinais de que ele era esse "ultimo Profeta", isto é, o Messias que iria instaurar o Reino Messiânico e elegeram Maomé (um Messias árabe para Israel). Foi assim, em 1648, quando eles pensaram que Sabbatai Sevi era o Messias esperado e multidões de judeus do mundo inteiro tudo abandonaram para se dirigirem à Palestina, a fim de acompanhar a marcha triunfal do Messias Sabbatai até Constantinopla, onde ele converteria o Sultão turco, e, com o seu apoio militar, invadiria a Itália, e destruiria o papado e o cristianismo. (Cfr. Gershom Scholem, Sabbatai Sevi, the Mystical Messiah, Princeton University Press, 1975).
Na Arábia os judeus tinham o poder, a riqueza e o governo em Medina , e nos seus arredores, tendo praticamente dominado a tribo Ansar. Havia três tribos judaicas em Medina, Banu Cainocaá, Banu Nadhir e Quraiza, que se tinham radicado nos arredores de Medina, e tinham construído fortes torres e fortalezas.

Os Auss e Khazrij [grupos árabes idólatras da tribo Ansar] chegaram a Medina, esta zona tinha muita influência dos Judeus, visto a maior parte da população ser analfabeta".(...) apesar de rivais dos judeus no poder político, reconheciam a sua virtude religiosa. Os judeus tinham estabelecido escolas de teologia em Yaçrib, que se chamavam Baltul-Madaris, nelas ensinavam o Torah. Os Ansar eram analfabetos, por isso ficavam impressionados com a superioridade teológica dos judeus.
Em Medina, após a emigração Maomé ainda orou para a direção norte (Jerusalém) dezesseis meses, mas sempre ansioso em receber a ordem de Deus para mudar a direção da Quibla para o sul (Caaba em Macca). O que confirma que Maomé, enquanto estava em Meca, simulava rezar em direção à Caaba, mas quando foi para Medina, dominada pelos judeus, adotou claramente a Quibla dos judeus: Jerusalém. Ele "escolheu a Quibla dos filhos de Israel". Maomé se tornara um prosélito judeu.

Quando, depois de dezesseis meses em Medina, se deu a crise entre os muçulmanos e os judeus, Maomé, adotou, de novo a Quibla de Meca, rompendo publicamente com os judeus que até então o influenciavam mais fortemente.

Zaid Bin Sábit, cujo nome soa como de origem judaica, que escreveu a primeira compilação do Corão. O Califa Otman se encarregou, depois, de apagar o que podia, dos traços de influência judaica no islamismo. Foi Otman o responsável pela redação atual do Corão.

Uma pergurta que fica é por que nos livros de Historia, no Ocidente, não se conta nada disso?